Ontem acordei, limpei a casa, soprei canela com desejos de paz, amor e abundância e fiz minha prática logo cedo. Manifestei a intenção de me conectar com a minha força. Trabalhei permanência em equilíbrio e força. Apesar da minha prática em vinyasa ser mais fluida, gosto das permanências como aprofundamento.
Fiz muito equilíbrio em lateralidade e senti o que preciso soltar ou entregar. Percebi as diferenças de aberturas e confiança em cada lado do corpo. E a mensagem dessa prática veio quando durante uma das posturas uni as mãos em Anjali mudra (ou namastê mudra). Senti que esse gesto foi como se o universo inteiro entrasse em harmonia (a mente, o coração, a alma e ambos os lados do corpo, as energias yin e yang). Foi como um abraço sentir essa união com o todo e perceber que nunca estamos sós na nossa jornada, por mais individual que ela seja, estamos sempre em união divina.
Depois da prática, saí para caminhar na praia e senti muito o enraizamento com o céu. Era como se a linha invisível da sabedoria cósmica estivesse me puxando para cima e o caminhar fosse um quase flutuar.
Meu dia seguiu um rumo inesperado com um café, um almoço na laje da 'favela' do Ariano (com muitos beijos e mordidas do Cali boy, um pitbull semi-bebê), trabalho, desenho e canto.
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E hoje acordei, fiz um golden milk e fiz minha prática pela manhã, pois já não havia mais sol às 8h. Hoje não tive tempo de manifestar intenção. Sentei no tapete e coloquei uma playlist de mantras e meu corpo começou a fluir então, curiosa, confiei e só segui o ritmo e foi bem bonito. Deixei que ele criasse sozinho a sequência das posturas (muitas bem diferentes do habitual). Em alguns momentos de permanência (em mantras de repetição) percebi que a mente invadia um pouco o espaço, mas logo o corpo retornava para o ritmo. Essa prática fez com que eu percebesse um tanto de fluidez e controle. Ou melhor, desapego ao controle, confiando no que vem de dentro.
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