Ontem também não consegui escrever. Mas meu dia foi incrivelmente produtivo. Fui para Lisboa cedo fazer uma reunião sobre um novo projeto em que já criamos nome e marca e planejamento no segundo encontro. Ainda estava em Lisboa quando contataram-me para uma entrevista num restaurante mexicano que adoro, ao lado de casa e para visitar um quarto numa casa partilhadqa na Caparica, também ao lado de casa.
Voltei para casa, fiz a entrevista e já fiquei trabalhando por lá. Farei um part-time noturno com 2 folgas na semana (nos dias que preciso para aulas de yoga e percussão) e ainda terei tempo para os outros tantos projetos lindos que vem surgindo por aí. Estou bem feliz!
Também decidi me jogar de cabeça nesse novo ciclo, aproveitar a a brisa de fogo que invadiu meu coração na passagem pela terrinha (Brasil) e quero colocar toda essa energia no meu tempo incerto por aqui. Sinto que esse ano tem uma energia linda de florescimento.
O coração está mais tranquilo. Depois de muito refletir sobre coisas que queria expressar, ontem quando a ironia do universo trouxe-me um sinal insólito, decidi partilhar um pouco (mais) do que sinto com um senhor jovenzinho que não sai da minha cabeça, principalmente porque sei que agi de forma muito imatura na última vez que nos vimos e não me orgulho disso, mas sei reconhecer meu erro e resta-me aceitar as consequências, levando o aprendizado disso tudo.
Às vezes penso em como seria se ele estivesse aqui comigo, do outro lado do oceano, conhecendo minha vida real, totalmente oposta ao que vivi na janela espaço-temporal das férias no Brasil. Aqui com essa vida pacata, sou bem mais zen, tranquila, leve, o contrário da euforia que vivi em Porto Alegre. Sinto que temos um potencial de muito crescimento juntos se permitirmos nos entregar a isso e acho que seria uma experiência bem interessante e bastante desconstrutiva para ambos. Ou provavelmente não daria certo. Somos muito parecidos e muito diferentes ao mesmo tempo, pois enquanto sou fogo-terra-água, ele é fogo-fogo-fogo. Não sei se pelo fato de estar vivendo o momento de forma muito intensa ou se porque tínhamos realmente uma forte conexão, mas nunca pensei que poderia sentir algo tão bonito e profundo por alguém tão diferente de mim. Enfim, o fato é que não importa mais. Estamos lutando pelos nossos sonhos e eles estão separados por um oceano. Se um dia for para nos reencontrarmos tenho certeza de que o Universo fará sua magia. Cheguei a pensar em escrever uma série #dascoisasquequeriatecontar, mas sei lá, melhor deixar ir essa história e virar mais uma vez a página da vida para esse novo capítulo que sinto que será lindo.
(E talvez eu devesse entregar à Iemanjá o teu presente que ela me pediu - minha tornozeleira - e concluir tudo isso internamente. Farei isso em algum momento. Não agora.)
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