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  • ressoameucanto

DIA #06/03/2024

Ontem acordei cedo mas decidi ver o nascer do sol, pois a lua me chamava sobre o céu azul na janela. Fui para a praia e fiz uma sessão de canto de mantras com meus melhores amigos, o corpo, o céu, o mar, a terra, o vento, o sol, a lua, a música e eu mesma.


Depois trabalhei no Paraíso, encontrei o Pequeno Príncipe (do cavalo branco) no seu planeta verde, contemplando o mar, fiz um almocinho com poucos restos do jantar de ontem (lasanha de berinjela com cogumelos) e troquei umas ideias com a Denise sobre yoga e desafios. Decidi embarcar no desafio de ficar em Adho Mukha Vrksasana ainda este ano. Então optei por fazer minha prática na rua para usar a parede de apoio. Fiz saudações ao sol para aquecer, posturas para braços (pulsos, ombros e cotovelos, principalmente) e depois fiquei treinando invertidas.

Lembrei que ontem no mar quando fui alongar a coluna, fiquei um tempo de cabeça para baixo, observando céu e terra invertidos e do quanto acho bom mudar a perspectiva. E essa foi a mensagem que me marcou nessa prática: o quanto é bom treinar corpo e mente para ver, sentir e perceber algo diferente, a vida de outros pontos de vista. Acho que essa flexibilidade é tão ou mais importante do que a flexibilidade do próprio corpo (e, na verdade, penso que muitas vezes estão até relacionadas de alguma forma).


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Hoje acordei pelas 6h40, ativei o corpo com massagens com os dedos enquanto levantava, fiz meu skin care, um cacau golden tea (inventando receitas, como sempre!) e fui para o tapete.

Acendi incensos e duas velas uma para meus anjos e guias e outra verde para a cura. Enquanto bebia o chá coloquei a intenção de expandir meu grande portal de conexão com a sabedoria cósmica, mantendo-me bem aterrada a este plano (que é meu desafio da vida, mas que já progrediu bastante e continamos trabalhando sobre).


Respirei, alonguei e comecei a aquecer o corpo. Como sempre, minha prática pessoal é muito intuitiva. Ou melhor, instintiva. Deixo o corpo fluir e só observo e sigo o fluxo. E o fluxo nos levou para posturas de abertura de anca (é muita sabedoria, não!?). Fiquei em muitas permanências de alongamento de pernas, virilha e quadril. Até que em algum momento sentei com as pernas dobradas para a lateral e entrei em estado meditativo, sentindo a respiração e muito sutilmente encaixando cada vez mais o corpo na postura. Dessa vez veio uma clareira de consciência sobre umas crenças relacionadas ao amor homem-mulher. Já tinha tido um baita insight sobre isso no ano passado que me abalou bastante pois estava relacionado com muitas outras crenças e comportamentos e atitudes. E agora esse insigh veio como uma complementação.


Resumidamente, a crença era de que os homens não prestam, não amam, só querem sexo. Algumas memórias de infância reforçavam essa crença. O impacto disso na minha vida é que se os homens não prestam, não amam, só querem sexo:

  1. não posso ama-los (e hoje me deparei com sentimento de medo dos homens e de culpa e vergonha por amá-os)

  2. se eles 'não amam e só querem sexo' preciso conquistá-los nesse mundo cheio de tentações (e isso explicou meu comportamento meio sedutor em alguns momentos), mas não posso amá-los (e isso explica meu desinteresse depois da conquista)

  3. se eles estão comigo mas 'não amam', automaticamente minha autoestima já está pisoteada e messacrada pois estou aceitando um não-amor (e hoje me deparei com a culpa sobre aceitar esse não-amor)

  4. aqui entram todas as consequências da baixa autoestima, como depressão, submissão, perda da capacidade de impor limites, carência emocional


Hoje percebi também que às vezes meu 'amar a mim mesma' é quase um ato de desespero. E isso foi bem forte. Percebi o quanto esse discurso de "se você não se amar, ninguém vai te amar" é também baseado na escassez e não na abundância. Não tenho que amar a mim mesma porque ninguém mais me ama, ou porque ninguém vai me amar se eu não me amar. Eu tenho que me amar pelo ser incrível que eu sou, como tantos outros que posso amar também. Porque o amor é infinito, é simplesmente ser. E sim, somos todos seres de luz de amor, toda a natureza é amor e até o mais bruto dos animais é capaz de amar.


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